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Espondilolistese da criança e do adolescente

O que é uma espondilolistese?

Trata-se do deslizamento ou escorregamento de uma vértebra sobre a outra. Este deslizamento pode ser leve ou grave, podendo em casos extremos ocorrer uma escorregamento completo com “queda” da vértebra em direção à pelve (espondiloptose).

Qual é a causa?

As duas causas mais frequentes são:

  1. A espondilolistese ístmica, que ocorre devido à uma espondilólise (fratura de uma parte da vértebra – o istmo), separando a vértebra em 2 partes: uma parte posterior que continua em contato com a vértebra inferior, e uma parte anterior que desliza para frente. A fratura, na grande maioria dos casos, não se produz durante um só traumatismo. Geralmente trata-se de uma “fratura de fadiga”, ligada à repetição de cargas excessivas sobre o istmo.

É por essa razão que esta lesão se observa mais frequentemente em atletas que praticam atividades que envolvam hiperlordose (acentuação da curvatura da coluna lombar), como os ginastas.

Trata-se de uma lesão frequente (8% da população), que geralmente é bem tolerada.

  1. A espondilolistese displásica, de origem congênita, secundária a uma malformação da vértebra, na qual uma parte dela (o istmo) é anormalmente alongada.
Como ela se manifesta?

A espondilolistese geralmente é bem tolerada, mesmo entre os esportistas.

Porém ela pode ser a causa:

  • De dores lombares, sobretudo relacionada com instabilidade (movimentos anormais) das vértebras.
  • De dores ciáticas (dores que seguem um trajeto preciso ao longo da perna), devidas à compressão de uma das raízes do nervo ciático, geradas pelo deslocamento da vértebra.

A descoberta de uma espondoilolistese não é, habitualmente, uma contraindicação à prática de esportes de lazer. Já a prática de esportes “de risco”, como ginástica, mergulho, halterofilismo, deve ser discutida.

Como é feito o diagnóstico?

Durante o exame do paciente, pode-se detectar um desnível na região mais baixa da coluna. Normalmente há uma retração anormal de certos músculos situados na parte posterior da coxa. O diagnóstico é feito sobretudo através de radiografias. A tomografia é o melhor exame, pois pode detectar uma espondilólise que às vezes não é visível ao Raio X. O exame de Ressonância Magnética permite diagnosticar outras lesões associadas e avaliar o estado dos discos intervertebrais adjacentes.

Qual é a evolução?

A espondilolistese pode permanecer estável por longos anos. Eventualmente o escorregamento pode se agravar, particularmente na criança e no adolescente, e por isso há necessidade de um acompanhamento clínico e radiológico frequente. O prognóstico neurológico é geralmente bom, e as complicações (paralisia de raízes do nervo ciático, síndrome da cauda equina) são raras, e só costumam ocorrer nos casos avançados.

Qual é o tratamento?

O tratamento inicial é sempre conservador, com medicamentos para aliviar a dor, como analgésicos e antiinflamatórios, fisioterapia para reeducação postural, reabilitação e reforço da musculatura. Também se recomenda mudança de hábitos, como evitar atividades que sabidamente causam a dor ou podem agravar o escorregamento.

Conforme os sintomas melhoram, o paciente pode retomar suas atividades habituais.

Em caso de falha do tratamento conservador, e nos casos em que o escorregamento progride além de certo ponto, pode haver necessidade de tratamento cirúrgico, onde se pratica a artrodese (fusão) do segmento vertebral afetado.

Outros Tratamentos

A cirurgia foi muito tranquila. Os Drs são excelentes. Me sinto nova e voltei a fazer as minhas atividades.

Patrícia Constantinópla
Cirurgia da Coluna